Aluna do Observatório Nacional visita conjunto dos mais modernos telescópios do mundo para auxiliar em seu projeto de pesquisa 

 

Maryory Loaiza Agudelo é colombiana e aluna de doutorado em Astronomia do Observatório Nacional 


Em março deste ano, Maryory Agudelo foi ao Chile para uma missão de observação no Observatório Paranal, que fica no deserto do Atacama. Acompanhada de seu professor e orientador, Roderik Overzier, a aluna visitou o Very Large Telescope – VLT, um conjunto de quatro telescópios considerado um dos maiores e mais modernos do mundo. Para obter dados corretos e realizar uma boa análise desses objetos, é necessário o uso de grandes telescópios e instrumentos de alta resolução.

Contando com o apoio do Observatório Europeu do Sul, o ESO, que está prestes a assinar um acordo com o Brasil, ela diz ter tido experiências únicas no Chile. “Essa viagem foi uma das melhores que já tive até agora na minha vida acadêmica e profissional. Foi tudo muito produtivo para o meu projeto de pesquisa”, afirmou Maryory. Ela trabalha na área de Astrofísica Extragaláctica e seu projeto de pesquisa é direcionado ao estudo de galáxias starburst próximas e distantes. O comitê internacional que distribui o tempo deste concorrido observatório selecionou o projeto dela dentre muitos submetidos, baseado no seu mérito científico.

A colombiana contou também que não foi fácil chegar até o observatório. Um dia antes de partir para ESO Paranal, veio a má notícia: o espectrógrafo X-Shooter parara de funcionar e provavelmente a missão seria cancelada. “Fiquei muito preocupada. Depois de vários meses de espera não poderíamos obter os nossos tão esperados resultados”. Após muito esforço dos profissionais do Observatório, o problema foi resolvido e a viagem pôde ser realizada.

Maryory obteve resultados acadêmicos satisfatórios e elogiou a estrutura do ESO. “É impressionante como no meio do deserto pode existir uma residência como esta, com incríveis telescópios. É tudo em prol do conforto e do trabalho do pessoal envolvido”. Ainda segundo ela, o ESO e o ON contribuíram bastante com a missão. “Só tenho a agradecer ao Observatório Europeu e ao Programa da Pós-graduação do Observatório Nacional por tudo. É importante que a adesão do Brasil ao ESO seja feita logo para que possamos dar continuidade ao progresso na pesquisa brasileira”, disse Maryory.

O professor Roderik Overzier fala do orgulho de ter participado desta conquista. “Vi minha aluna crescer enormemente por esta experiência. Alunos de outros países frequentemente têm a oportunidade de trabalhar nestes observatórios avançados. Nossos alunos no Brasil devem ter as mesmas oportunidades se queremos ver crescer a pesquisa fundamental e tecnológica no Brasil”, finaliza.













Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2016.



 

 

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