Artista colombiano expõe seus desenhos em Pelotas

A infância e os lugares inóspitos da memória são centro dos trabalhos de Izquierdo

No espaço da Casa Paralela, em Pelotas, a distribuição das obras do colombiano Ricardo Muñoz Izquierdo revela um comportamento quase compulsório em relação ao desenho. É um colorido frenético de personagens que fazem referência direta ao mundo dos quadrinhos e dos contos infantis. Mas nem tudo nesse universo é inocência: ironia e uma dose boa de perversão fazem parte da mostra Desenhos, mentiras e outras verdades, aberta à visitação até dia 2 de junho de 2012.
Izquierdo está há cerca de quatro meses no Brasil, como intercambista na Universidade Federal de Pelotas, sob tutoria da professora Ângela Pohlmann. Foi ele mesmo quem propôs a ideia da mostra à Casa Paralela, que o acolheu. O trabalho do jovem artista de 27 anos, natural da cidade colombiana de Pereira, tem tido o desenho como fio condutor desde o início de sua vida artística.
A infância e os lugares inóspitos da memória são centro dos trabalhos de Izquierdo. É um jogo entre realidade e imaginação, aliás, que ele busca despertar no espectador ao recriar esses personagens. Pinóquio, por exemplo, ao invés do nariz, tem seu órgão genital crescido. Como se vê, apesar de abordar a infância, a exposição é restrita ao olhar adulto.
Para entender melhor a dimensão política do trabalho de Ricardo e saber mais sobre a história desse artista colombiano, leia a matéria na edição impressa do Diário Popular desta segunda-feira (28/05/2012).
Serviço

O quê: exposição Desenhos, mentiras e outras verdades
Quando: até 2 de junho de 2012; visitação de terça a sábado, das 14h às 18h
Onde: Casa Paralela,- rua Uruguai, 1.577
Entrada franca

Por: Luísa Roig Martins